Quando se tem um filho em idade escolar (considerando que essa idade nos tempos que correm se inicia pouco após o desembarque no planeta Terra) começa uma saga que ziguezagueia entre o stress, a ansiedade e a decepção.

Parkids, todas as crianças mereciam um colégio assim ...

Comigo não foi excepção, o meu filho hoje com 2 anos, quase 3, começou por ingressar num conhecido colégio de Oeiras, o qual até já integrava uma rede de colégios em localidades como Cascais, Lisboa, etc. mas cuja frequência se veio a revelar uma decepção - para ele e para nós. Nas palavras do meu filho: "Mamã, não quero ir para o colégio feio!".

É nestes momentos que nos ocorre olhar para estes espaços com o olhar não de um adulto, mas antes através do olhar de uma criança. E esse olhar é muito diferente do nosso!

Ainda se lembram quando o Mundo nos parecia grande, assustador, surpreendente, mas pintado com cores fortes e ingenuamente preenchido de sonhos? Já não? Pois essa é a consequência natural de vivermos num mundo cinzento, com muitas regras, e muitos condicionalismos, e muitos "não se faz", e muitos horários, e muitas tarefas... e..e..e.. por vezes, há que parar e voltar a olhar com o que ainda resta dessa sensibilidade infantil.

Quando o meu marido um dia entrou no colégio "feio" para ir buscar o meu filho, este desabafa "Papá estou triste!", deu-se o clique! Uma criança com 2 anos triste? Quando no seu ambiente informal é uma criança esfuziante? Algo estava errado ...

O "gap" entre o comportamento em ambiente escolar versus ambiente familiar é sem dúvida uma das razões que explicam o insucesso escolar, comportamentos desviantes da personalidade, etc., etc., e acima de tudo perdem-se anos que foram feitos com apenas um propósito "crescer, aprender e sobretudo ser feliz".

Mas enfim, há males que vêm por bem, procurei, pesquisei, li referências e bem perto surgiu um novo espaço para o meu filho: o Parkids. Com Creche, Jardim de Infância, 1º e 2º Ciclo. Qualquer semelhança entre a forma como o meu filho nos recebia antes e recebe agora, após um dia (longo) no "colégio bonito", é pura coincidência!

Enquanto antes, ele corria para nós e puxava pela mão para irmos para casa, agora corre para nós, mas para nos ir mostrar algum brinquedo ou outro divertimento qualquer, sem mostrar pressa em sair;
Enquanto antes, quando lhe perguntávamos qual tinha sido o último lanche e ele respondia "pão e água" (aparentemente aconselhado por um nutricionista) agora notamos uma oferta bem mais adequada;
Enquanto antes, a comida vinha de um espaço exterior, já feita e requentada, agora é confeccionada no local e agora sim, com o apoio de um nutricionista;
Enquanto antes, andávamos em stress permanente para repor o stock de fraldas no colégio, agora não preciso de me preocupar com isso;
Enquanto antes, gastava dinheiro em fardas que rapidamente deixavam de servir, agora o colégio é quem fornece um simples bibe para colocar sobre a roupa dele;
Enquanto antes, me deparava com Técnicas de Infância, espartilhadas entre regras, horários, com um ar contraído e envoltas em stress para lidar com o excesso de crianças atribuídas a cada uma e com os pais, e em que até para fazermos uma simples visita inicial era preciso marcação prévia, agora deparo-me com um colégio que embora cumprindo todas as normas de segurança, nos faz sentir como se tivéssemos entrado numa segunda casa: informal, familiar e onde vejo um sorriso na cara de cada profissional;
Onde antes, sentia um "colégio feio" como um espaço com "funcionárias", agora sinto-o como uma grande família, sem hierarquias distantes, nem discursos politicamente corretos.

Feitas as contas, pago o mesmo no "colégio bonito" que antes pagava no "colégio feio" e fico com a sensação de que este espaço é um prolongamento da nossa casa, onde as crianças são felizes, brincam, choram, crescem mas deixei de ouvir aquela frase: "Mamã não quero ir para o colégio feio".

Trata-se pois de um projeto bem pensado e melhor executado e em que os muitos pormenores fazem a diferença. O nome de "colégio bonito" que o meu filho com apenas 2 anos lhe atribuiu, diz tudo.

À família Dagge, responsável por este belo projeto - que tem como principal objetivo ajudar a crescer pessoas felizes - e a todas as colaboradores e colaboradores o nosso OBRIGADO!

Família Mação

Data: 
07/31/2016